O Oeste e o Meio-Oeste de Santa Catarina são regiões onde se concentram quase 4 mil propriedades dedicadas à criação de suínos. No entanto, só cerca de 8% delas mantêm cuidados ambientais, ou seja, estão licenciadas de acordo com normas da legislação ambiental. Os principais danos causados pela criação de porcos sem cuidados incluem a devastação da mata ciliar, aquela que fica na área contígua a rios, e que precisa ter uma faixa de proteção proporcional à largura dos cursos d’ água; a falta de um sistema de armazenamento e tratamento dos dejetos, que poderiam ser reaproveitados como biofertilizantes ou energia (biomassa); e a poluição da água, atingindo especialmente o Rio Jacutinga. Para regularizar a situação desses produtores, o Ministério Público de Santa Catarina vai firmar, amanhã (29/06), um termo de compromisso de ajustamento de condutas que atingirá essas propriedades da região dedicadas à criação de suínos, que, de acordo com uma pesquisa realizada pela Embrapa e Consórcio Lambari, em julho de 2003, produziam cerca de 3,4 milhões de metros cúbicos de dejetos.