No mesmo dia em que o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos Lessa, compareceu à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle do Congresso Nacional e criticou alguns contratos fechados na época da privatização do setor elétrico, há cerca de seis a sete anos, o presidente da empresa Duke Energy Brasil, Mickey J. Petersen, não compareceu, ontem (24/06), a uma audiência pública da Assembléia Legislativa de São Paulo, para a qual foi convidado por integrantes das comissões de Relações do Trabalho e Serviços e Obras Públicas daquela Casa. Petersen foi chamado para responder se as medidas de redução de pessoal adotadas pela empresa teriam acarretado sobrecarga de trabalho e aumento no número de acidentes, mas sua ausência levou ao adiamento da sessão. No seu depoimento, Lessa disse que certos contratos fechados para a privatização de empresas do setor elétrico foram baseados principalmente no maior preço, e agora há parcelas de empréstimos feitos pelo BNDES às empresas do ramo elétrico que não estão sendo pagos. Os casos da antiga Companhia de Eletricidade de Minas Gerais (Cemig) e Eletropaulo, segundo Lessa, são exemplos disso.