Plano de Bush mostra cenário crítico quanto ao mercúrio
2004-06-25
O que piora a perspectiva de saúde da população norte-americana, especificamente com relação ao mercúrio, é que o governo anda para trás: os planos da administração Bush para reduzir as emissões de mercúrio prevêem ações apenas para março do ano que vem, estando voltados à redução das emissões a partir da queima de carvão. Se depender desse plano, serão largadas no ar 34 toneladas por ano do metal até 2010. E ainda será possível o comércio de emissões, algo totalmente fora do previsto na principal legislação nacional sobre o ar, o Clean Air Act. Uma disputa política também está no ar em meio a essa questão. A proposta de Bush, com o esquema de créditos, prevê emissões de 15 toneladas por ano de carvão até 2018. Outra proposta, dos parlamentares Jeffords, Liberman e Collins, propõe corte de cinco toneladas per capita por ano, até 2009, e o limite de emissões de 2,48 gramas de mercúrio por mil megawatt nas termoelétricas. E ainda mais, uma terceira proposta, que vem sendo chamada de Chafee Clean Air, estabelece 24 toneladas até 2009, 10 toneladas até 2013 e o corte de 50% das emissões diretamente nas termoelétricas, chegando a 70% do mercúrio até 2009. As diferenças, em termos de saúde: a proposta de Bush salvaria 14 mil vidas, na atual situação; a de Jeffords/Liberman/Collins, 22 mil; e a última proposta, 16 mil.