O gerente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Lucas Medeiros Dantas, contestou ontem as afirmações do presidente do Instituto do PVC, Miguel Bahiense Neto, de que as substâncias DEHP e DEHA não causem câncer. Lucas Dantas disse que, na verdade, a pesquisa da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer, ligada à OMS, apenas constatou que as substâncias não foram classificadas como cancerígenas para ratos e camundongos, mas, segundo ele, não se pode transferir estes resultados para seres humanos. Ele participou de audiência pública da Comissão de Defesa do Consumidor realizada ontem (23/06)
Avaliação
Segundo a Anvisa, até o limite de 3%, a presença da substância DEHP no material plástico PVC é segura. Acima desse limite pode ser insegura. Lucas Dantas anunciou que a Agência está avaliando que marcas que fizeram adição de DEHP a mais do que o permitido, para depois tomar as providências legais. Além disso, a Anvisa vai fazer uma reunião no dia 12 de julho, com especialistas de universidades e de institutos de pesquisa, para avaliar e recomendar restrições para a presença de DEHA da mesma forma do que já existe no Brasil sobre DEHP. O deputado Rubinelli (PT-SP), que presidiu a reunião, disse que a Comissão de Defesa do Consumidor vai continuar acompanhando o caso e que vai pedir ao Ministério Público que tome as medidas legais cabíveis.