Cientistas de todo o mundo discutem experimento científico da biosfera-atmosfera na Amazônia
2004-06-24
3ª Conferência Internacional do LBA será em Brasília
Cientistas brasileiros e de várias partes do mundo, estarão reunidos de 27 a 29 de julho, em Brasília, durante a 3ª Conferência Científica Internacional do LBA, para discutirem os resultados do experimento de grande escala da biosfera-atmosfera na Amazônia ou LBA, um dos maiores experimentos científicos atualmente em andamento no mundo, gerenciado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
Proposto e liderado pelo Brasil desde 1998, o LBA vai reunir cerca de 800 cientistas e especialistas vindos de mais de 70 centros de pesquisa do país (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), Universidade de São Paulo (USP), Fiocruz, Embrapa, Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCT), Imazon, Ibama etc.), e de outras 100 instituições internacionais de países amazônicos, dos EUA e da Europa, entre as quais instituições com o prestígio da Nasa, das universidades de Harvard, da California e Cornell (instituições americanas), do Instituto Max-Planck e da Universidade de Oxford (instituições européias).
Sucesso internacional
O LBA é considerado o maior projeto de cooperação científica supra-nacional já criado na área ambiental. Ele surgiu por meio de acordos internacionais e é financiado pelas principais agências de fomento brasileiras - Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo, Embrapa - pela Nasa (órgão oficial de pesquisas espaciais dos Estados Unidos) e pela União Européia.
Planejado para terminar em 2006, o experimento LBA é um sucesso científico internacional, com 61 projetos já concluídos e 59 em andamento. Trata-se do que é informalmente chamado de ciência de ponta, ou seja, pesquisa de alta qualidade e extremamente atualizada. Os trabalhos contam com mais de 1.000 pesquisadores de instituições brasileiras, além de organismos dos países da bacia amazônica (Venezuela, Peru, Bolívia, Colômbia e Equador) e das colaborações e intercâmbios com instituições americanas e de oito países europeus. O programa como um todo é caracterizado pela interdisciplinaridade.
(Ministério da Ciência e Tecnologia, 23/06)