Os Estados Unidos enfrentam o risco de ficar isolados nas discussões sobre a crise nuclear com a Coréia do Norte esta semana, em Pequim, por causa de sua intransigência diante do regime de Pyongyang, afirma o especialista Michael O Hanlon, do Brookings institution de Washington. Washington exige que a Coréia do Norte abandone totalmente seu programa nuclear antes de começar a discutir qualquer ajuda econômica ao governo de Pyongyang. Essa exigência foi rejeitada pelo governo norte-coreano e considerada pouco realista pelo Japão e a Coréia do Sul, os dois principais aliados de Washington no sudeste asiático. — Essa posição é, creio eu, uma receita para uma paralisia porque, nessas condições, ninguém vai querer dar o primeiro passo, estimou O Hanlon. Com uma economia em ruínas, o regime stalinista norte-coreano somente conta com esse elemento de pressão para receber uma ajuda econômica, indicou o especialista. Os Estados Unidos reclamam um desmantelamento completo, verificável e irreversível, que é a única forma de terminar com a ameaça, declarou, em 15 de junho, o porta-voz do departamento de Estado, Richard Boucher. — Essa afirmação é uma questão de princípio para os Estados Unidos, indicou Balbina Hwang, especialista em temas asiáticos da Heritage Foundation, de Washington. — E os princípios são, por definição, não negociáveis e não devem ser flexíveis, precisou. (AFP 21/06)