Para FAO biotecnologia gera prosperidade e respeita a vida
2004-06-23
— Na América Latina vivem 225 milhões de pobres, dos quais 53,4 milhões estão subnutridos, e a biotecologia agrícola pode ajudar a reverter esta situação, disse na terça-feira (22/06) o diretor regional do Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), Gustavo Gordillo. — O problema da segurança alimentar nos nossos países está intrinsicamente ligado à desigualdade, a qual impede o desenvolvimento, disse Gordillo, durante o V Encontro Latino-americano e do Caribe de Biotecnologia Agrícola, que se realiza na República Dominicana. Sob o tema Biotecnologia gerando prosperidade, respeitando a vida, esta cúpula se desenvolve entre 21 a 25 de junho num hotel do extremo leste de Santo Domingo. — Na América Latina, os 10% mais ricos da população recebem 40% do rendimento total e os 30% mais pobres da população recebem apenas 7,5% deste, informou o diretor da organização. Gordillo explicou que a biotecnologia pode aumentar a brecha da desigualdade no mundo, mas também pode contribuir para reduzir a fome e conservar os recursos e o meio ambiente. Ponto de referência no campo da Biotecnologia Agrícola da América Latina e do Caribe, a reunião se realiza a cada três anos, organizada pela Rede de Cooperação Técnica em Biotecnologia Vegetal do Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (REDBIO/FAO). O diretor da FAO disse que nos próximos 30 anos será necessário alimentar dois bilhões de pessoas mais, com uma base de recursos natruais cada vez mais frágil, enquanto atualmente 842 milhões de pessoas de áreas rurais sofrem com a fome crônica. Os temas principais da REDBIO 2004 incluem o genoma da nutrição, o estresse abiótico/biótico, o cultivo de biomoléculas, a exploração da biodiversidade, oportunidades para a competitividade agrícola, o marco regulatório para a biotecnologia e a biodiversidade. Estes temas serão expostos em oficinas específicas sobre plantios para ressaltar os avanços biotecnológicos em campos estratégicos e áreas de importância científica.(AFP 22/06)