Greenpeace comemora mais uma vitória na guerra contra a mudança climática, após três empresas líderes mundiais dos setores de alimentos, fast-food e refrigerantes terem se comprometido ontem (22/06) a eliminar gradualmente a utilização de equipamentos que contêm hidrofluorcarbonetos (HFCs) no seu mecanismo de refrigeração.
Onze anos após o início da campanha contra o uso destes gases, que são responsáveis pelo efeito estufa, o Greenpeace mostra ao mundo que o futuro da refrigeração pode causar menos impacto no clima do planeta.
O Greenpeace e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) apoiam a iniciativa da Unilever, Coca-Cola e McDonald’s em dar início à eliminação de HFCs nos equipamentos de refrigeração. As empresas apresentaram seus programas durante uma conferência realizada hoje em Bruxelas. Este comprometimento das empresas é o resultado das exigências feitas pelo Greenpeace durante o período que antecedeu os Jogos Olímpicos de 2000, em Sydney, quando a organização exigiu que os líderes de mercado em diversos setores se comprometessem com um futuro livre de HFC.
Um mês após o lançamento de uma grande campanha de conscientização dos consumidores sobre estes problemas, a Coca-Cola comprometeu-se em eliminar gradualmente a utilização destes refrigeradores até a realização da Olimpíada de Atenas em 2004. Até 2005, a indústria de sorvetes da Unilever, que detém a marca Kibon, afirma que comprará apenas cabines de refrigeração livres de HFCs. Até agora, mais de 14 mil equipamentos já foram substituídos. Em todo o mundo, a Coca-Cola pretende converter milhões de máquinas de venda automática em refrigeradores livres de HFCs.
O McDonald’s promete fazer mudanças em 30 mil lanchonetes, trocando 11 tipos de equipamentos refrigeradores – incluindo ar-condicionado, freezer portátil e refrigerador de bebidas – por equipamentos alternativos. Pesquisas em tecnologia de ponta sustentam a decisão destas três empresas, fazendo com que os equipamentos sejam viáveis e justifiquem os milhões de euros investidos. (Greenpeace, 22/06)