Sobe para 4 o número de mortos por rompimento de barragem na PB
2004-06-21
Subiu para quatro o número de mortos em conseqüência do rompimento da barragem de Camará, em Alagoa Nova (a cerca de 150 km da capital, João Pessoa), segundo a assessoria de imprensa do governo da Paraíba. Pelo menos seis pessoas estão desaparecidas. Cidades vizinhas foram inundadas.
Segundo o governo do Estado, a estimativa é de que 200 construções tenham sido destruídas ou parcialmente danificadas em Alagoa Grande, deixando pelo menos 600 desabrigados, que foram instalados em casas de parentes, escolas públicas e no Centro de Ciências da UFPB (Universidade Federal da Paraíba), no município vizinho de Areia.
Além de Alagoa Grande e Mulungu --os municípios mais atingidos pela enxurrada--, também foram atingidos Araçagi, Alagoinha, Mamanguape e Rio Tinto --as duas últimas já perto do litoral paraibano. Alagoa Nova, onde fica a barragem, teve poucos estragos em casas na zona rural, pois a barragem fica na parte baixa do município.
O rompimento ocorreu por volta das 21h de quinta-feira. Segundo o governador Cássio Cunha Lima (PSDB), o reservatório, construído entre 2000 e 2002 (gestão anterior), apresentou problemas de fundação e construção. O governo afirma que a atual gestão da Secretaria de Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e Minerais havia detectado algumas rupturas no reservatório e notificado a empresa responsável pela obra.
Um buraco de 20 m de altura por 15 m de largura, segundo o secretário-adjunto de Recursos Hídricos do Estado, Sérgio Góis, surgiu da base acima na parte esquerda da barragem, na junção entre o muro de concreto e a lateral de solo e pedra, onde ela se fixa.
Com o decorrer do tempo, o buraco foi se expandido e o volume de água do vazamento, aumentando. O período de maior vazão foi entre 21h e 1h de quinta para sexta, ainda segundo Góis. Ele disse que por volta das 10h quase todo o reservatório havia secado.
A barragem tem capacidade para armazenar 27 milhões de m³ de água, o equivalente a 26,5 bilhões de litros. Antes de começar a vazar, acumulava 17 milhões de m³, o que equivale a cerca de 60% da sua capacidade. (FSP online, 21/06