Conspiração ameaça tratado antinuclear
2004-06-21
Os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido irão ser acusados, nesta semana, uma conspiração internacional para quebrar o acordo de não-proliferação de armas nucleares. A reclamação, do Conselho de Informação de Segurança Britânico-americano (Basic), vai detalhar e evidenciar uma colaboração de larga escala entre os dois países para o desenvolvimento de seus arsenais nucleares, atividade que o Tratado de Não-proliferação de Armas Nucleares (NPT) visa a prevenir. Segundo a Basic, entidade de intelectuais com sede em Londres e Washington, embora o Reino Unido e os Estados Unidos tenham cooperado em termos de armas nucleares, não se sabe até que ponto foi este intercâmbio na época da Guerra Fria. Mas a Basic conseguiu documentar algo a este respeito, e os números, segundo a entidade, mostram que a colaboração permanece extremamente forte, a despeito do comprometimento de ambos os países sob o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. Em 2002, mais de 300 cientistas da Agência de Armas Atômicas do Reino Unido em Berkshire visitaram 25 sítios nos Estados Unidos, incluindo laboratórios nacionais nucleares em Sandia e Lawrence Sivermore, na Califórnia, e em Los Alamos, no Novo México. No mesmo ano, 485 cientistas nucleares dos Estados Unidos visitaram Aldermaston, no Reino Unido. E existem pelo menos 16 grupos de trabalho entre os dois países trabalhando em temas como materiais nucleares e engenharia de armas. (New Scientist 18/06)