Uma importante movimentação traduzida num projeto de lei que passou desde a última segunda-feira (14/06) a ser colocado em regime de urgência na Assembléia Legislativa de São Paulo poderá se concluir com a sanção do governador Geraldo Alckmin e vai levar a Sabesp a uma condição de também fazer negócios com empresas privadas. A Companhia e Saneamento Básico do Estado de São Paulo, conforme o projeto de lei 892, proposto em 1999, fica autorizada a operar também fora do Estado onde atua e a firmar acordos e negócios com empresas privadas de saneamento. Pelo projeto, a Sabesp pode também realizar obras e negócios na área de saneamento também fora do Brasil. O autor do projeto é o deputado Rodolfo Costa e Silva (PSDB), que apenas aguarda o sim do governador para comemorar. Ele até compara a Sabesp com uma espécie de Petrobras da água, explorando o mercado latino-americano e até mundial. Mesmo que a intenção tenha sido das melhores, ou seja, gerar empregos e até divisas, permanece uma questão: até que ponto o projeto não ensejará que a Sabesp passe a atender melhor fora de SP, invertendo sua razão de ser? Não seria esta uma forma de privatização branca? Se outras empresas estaduais de saneamento seguirem o mesmo caminho, o que pode acontecer?