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2004-06-16
A empresa de produtos eletrônicos Samsung decidiu eliminar gradualmente o uso de substâncias químicas perigosas (bio-acumulativas) dos seus produtos em todo o mundo. A decisão da empresa foi provocada pelo trabalho da organização ambientalista Greenpeace, que recentemente analisou um aparelho celular e um televisor fabricados pela Samsung na Europa e detectou a presença de diversas substâncias tóxicas. Na pesquisa, que também foi feita em produtos de outros fabricantes, foram encontrados ftalatos, retardadores de chama bromados, aromas sintéticos, alquilfenóis e organoestânicos. — A Samsung está sendo o marco inicial na tendência promovida pelo Greenpeace, de substituição de compostos perigosos usados em produtos de consumo, afirmou John Butcher, coordenador da campanha de Substâncias Tóxicas do Greenpeace Brasil. — Isso deve servir de exemplo para outras empresas. Também tem de ser um modelo para a inclusão dos princípios da precaução e da substituição tanto na reformulação da política de substâncias químicas européia, que está em andamento, quanto em qualquer política ou no programa de segurança química que está sendo discutido no Brasil, completou. Nos últimos meses, o Greenpeace vinha mantendo conversas com a empresa sobre o uso de compostos retardadores de chama bromados e de ftalatos. Como resultado desse diálogo, a Samsung concordou em elaborar, dentro da sua política de uso de materiais e substâncias, um calendário de eliminação gradativa e definitiva de substâncias tóxicas e a sua substituição por alternativas mais adequadas ambientalmente. Esse compromisso eleva a classificação da empresa – de vermelha para laranja – na lista de produtos pesquisados pelo Greenpeace. Isso faz da Samsung a primeira empresa a ter a sua classificação elevada desde o início da campanha de produtos do Greenpeace na Europa. Gregor Margetson, chefe para Assuntos de Meio Ambiente da Samsung Electronics Europe disse: — historicamente, a Samsung tem tido uma séria preocupação com as questões ambientais e, nosso trabalho junto ao Greenpeace, demonstra que acolhemos propostas construtivas nessas questões. A crítica inicial promovida pela organização não-governamental nos motivou a reavaliar nossos objetivos e considerar o que é realmente possível. Decidimos pelo caminho difícil porque temos a ambição de nos tornarmos uma empresa mais sustentável. E percebemos que essa recompensa possui um preço. Como algumas substâncias alternativas não tóxicas ainda precisam ser desenvolvidas, a Samsung também se comprometeu a buscar substitutos para os compostos perigosos que ela utiliza atualmente. (Greenpeace)

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