O Iraque, surrado por um pós-guerra ainda com gosto de guerra prolongada, assiste à sua própria decadência enquanto produtor de petróleo. Conforme a revista Business Week, o país, que já passou pelo auge de 6 milhões de barris diários, está lutando para conseguir manter sua marca de 2,5 milhões, a registrada pouco antes de a guerra começar, em março do ano passado. A razão é simples: com a mesma fúria com que os consumidores norte-americanos atiram-se à compra de carros no seu verão escaldante, os iraquianos sofrem a sabotagem, uma sucessão de ataques a seus dutos. Investidores estrangeiros batem em retirada do Iraque, temendo mais violência e mais perdas nos campos de petróleo. Enfim, a falta de medo de consumir carros, vetores do aquecimento global, contrasta com o medo de investir em campos de petróleo cada vez mais sucateados e armados como palcos de guerra.