Tartarugas estão ameaçadas no Oceano Atlântico
2004-06-13
A tartaruga de carapaça de couro é uma das espécies marinhas mais ameaçadas. Depois de suas subespécies parentes terem sido encontradas em extinção no Pacífico, agora, no Atlântico, elas não estão em situação muito mais confortável. Elas sofrem ao fazerem seus ninhos nas praias para a postura de ovos por causa da poluição. É tanta sujeira nas praias que chega a ameaçar a sobrevivência dos filhotes. Estes, quando conseguem nadar para o oceano, são muitas vezes atropelados pelas redes de pescadores ou pelas engrenagens de embarcações. Conservacionistas esperam que, entendendo melhor os modelos migratórios das tartarugas de carapaça de couro, eles possam propor restrições à pesca capazes de aumentar as chances de sobrevivência desses animais. Agora, dois grupos de pesquisadores, um da França e outro da Grã-Bretanha, estão usando satélites para monitorar o movimento das tartarugas de carapaça de couro no Atlântico. Nos resultados de seus estudos, que estão publicados na última edição da revista Nature, eles mostram que as tartarugas das praias da Guiana Francesa e do Suriname, os maiores sítios de ninhos de tartarugas remanescentes, seguem dois modelos básicos. Algumas delas vão em direção ao Norte, atravessando a corrente do Golfo, enquanto outras se dirigem à África. Os cientistas também concluíram, por meio de medidas aos animais, que eles raramente atingem um tamanho que permita escaparem das redes de pescadores. Por este motivo, e pelo fato de as rotas de viagem das tartarugas coincidirem com as dos barcos de pesca, os grupos de pesquisa concluíram que devem ser adotadas novas abordagens para proteger as tartarugas no Atlântico. (NY Times, 10/06)