Governo e parlamentares americanos divergem sobre plano para emissões de usinas
2004-06-11
Uma empresa de pesquisa contratada pela administração Bush para analisar o plano do governo de baixar as emissões das plantas de energia movidas a carvão comparou-o aos propósitos do legislativo e concluiu, num relatório liberado na quarta-feira (09/06), que a administração tem um plano mais fraco que o dos parlamentares. A empresa de pesquisas Abt Associados, que realiza os estudos para a Agência Norte-americana de Proteção Ambiental (EPA), constatou que o plano governamental, chamado Ato dos Céus Limpos, poderia beneficiar 14 mil vidas, enquanto o outro, parlamentar, beneficiaria 16 mil a 22 mil. As conclusões, expressas no relatório Ar Sujo, Usina Suja, foram imediatamente atacadas por grupos industriais como um argumento empacotado e baseado apenas em fontes de emissões. Os conselheiros políticos da administração governamental rebateram o relatório, dizendo que o plano da administração traz benefícios que são parte de uma estratégia global para chegar-se a padrões de qualidade do ar jamais antes atingidos. — Não se pode olhar apenas para as plantas de energia, unicamente, para compreender o programa, disse o executivo do Conselho de Qualidade Ambiental da Casa Branca, James L. Connaughton. Mas críticos do plano governamental disseram que o relatório traz evidências de que a abordagem do governo para controlar emissões de usinas de energia não é suficiente. Segundo o documento, sob as atuais políticas, cerca de 24 mil pessoas morrem todos os anos como resultados de emissões de plantas energéticas, grande parte delas nos Estados da Pensilvânia, Ohio e Flórida. — A administração está apresentando como progresso propósitos que deixam para trás ações sobre a poluição do ar, enfraquecendo os padrões de saúde e minando as exigências legais, afirmou a diretora da organização Limpe o Ar, Angela Ledford. (NY Times 10/06)