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2004-06-11
O uso de combustível nuclear reciclado no Japão vem de 1967. Naquela época, o governo vislumbrou esta forma de energia como uma forma de abastecimento estável e segura. Naquela época, acreditava-se que a demanda por energia nuclear iria aumentar em todo o mundo e que, portanto, as fontes de urânio iriam se tornar escassas ao longo do tempo. Mas a demanda por energia nuclear cresceu lentamente nas últimas quatro décadas, enquanto o preço do urânio caiu devido, em grande parte, à descoberta de reservas mais abundantes do que o previamente estimado, analisou o professor Steve Fetter, da Escola de Negócios Públicos da Universidade de Maryland (Estado Unidos), ao fazer palestra, terca-feira (08/06), em Tóquio, sobre a questão do combustível nuclear. Segundo a Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE), os depósitos mundiais de urânio são estimados em 16 milhões de toneladas, o suficiente para pelo menos 270 anos de consumo, à atual taxa. A maioria do combustível nuclear japonês está armazenada em plantas nucleares que estão com sua capacidade máxima de estocagem. Fetter advertiu os japoneses que o composto de urânio-plutônio (MOX) é mais potente, mas mais radioativo e difícil de dispor como resíduo do que o urânio de pobre enriquecimento (LEU), usado em plantas nucleares convencionais. (Japan Times, 09/06)

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