EPA próxima de pacto com criadores de animais
2004-06-09
A Agência de Proteção Ambiental dos estados Unidos (EPA) está perto de chegar a um acordo com alguns dos maiores processadores de animais. Tal acordo poderá lançar as bases para os primeiros padrões federais de controle ambiental para processadores de milhões de porcos, galinhas e gado. A agência afirma que o acordo, que irá permitir às empresas monitorarem a qualidade do ar de suas próprias operações por dois anos, produzirá informações que são essenciais para desenvolver os padrões para a indústria, que gera grandes quantidades de resíduos animais. Poluentes tóxicos presentes nesse tipo de lixo têm estado ligados a um amplo espectro de doenças respiratórias, especialmente em crianças. — A indústria, como um todo, necessita melhor monitorar seus dados, e este é o meio mais rápido e mais claro de fazê-lo, afirmou Thomas V. Skinner, administrador assistente da EPA. Porém, grupos ambientalistas e ex-agentes da EPA afirmam que o acordo é ruim para o público porque enquanto as empresas estão coletando dados, elas estarão livres de processos por violações ao Clean Air Act (lei ambiental mais importante de controle do ar no país) e a outras leis federais antipoluição.— O governo tem autoridade de obter esses dados sem um acordo anestésico, disse Barclay Rogers, advogado da ONG Sierra Club. Eric Schaeffer, que era agente federal na época da administração Clinton, disse que pode levar dez anos para que os novos padrões sejam levados a efeito, dando aos operadores muito mais tempo de elidir exigências do governo. O Departamento de Agricultura estima a geração de cerca de 575 bilhões de gramas de dejetos animais por ano no país. (Washington Post, 03/06)