Plano francês para cumprir protocolo de Kyoto é criticado
2004-06-09
O governo francês anunciou ontem seu plano de redução de gases geradores do efeito estufa, que prevê uma redução de 1,8% de CO2 entre 2005 e 2007, para cumprir o Protocolo de Quioto. O plano desagradou ambientalistas e empresários. Afetará indústrias de oito setores (siderurgia, cimento, cal, vidro, papel, cerâmica e azulejos), além da indústria geradora de energia, em um total de 700 instalações. Os setores selecionados representam 53% das emissões da indústria francesa. Pelo plano, esses setores poderão emitir 126,3 milhões de toneladas de CO2 por ano durante os três próximos e terão de reduzir suas emissões em 2,3 milhões de toneladas. Tais metas foram consideradas ridículas por organizações ambientalistas, tais como Greenpeace, WWF e Rede Ação-Clima (França). Em comunicado conjunto, elas afirmam que o plano oferece aos industriais franceses a possibilidade de aumentar significativamente as suas emissões. — Em vez de incidir apenas sobre 700 fontes de emissão, o plano deveria visar mais que o dobro, ou seja, 1530, afirma Philippe Quirion, da Rede Ação-Clima. A França é um dos países, com a Espanha e Grécia, que mais se atrasaram na apresentação de seu plano de quotas à Comissão Européia. Os países da UE se comprometeram a reduzir as emissões em 8%, em relação aos níveis de 1990, até 2012. Além disso, comprometem-se a elevar para 12% até 2010 o consumo de energia procedente de fonte renovável.(GM 07/06)