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2004-06-09
De repente, por causa de um filme – O Dia Depois de Amanhã – muitas pessoas estão falando sobre a maior ameaça jamais sofrida pela Terra. O filme é ficção, mas o aquecimento global é real. Pergunta-se: o filme irá tornar trivial o impacto da mudança climática ou colocará as pessoas em ação? É muito cedo para dizer. Até 64% da área glacial da China devem desaparecer, no máximo, até 2050. Isto colocará em risco um quarto da população do mundo. Hoje, o Ártico é uma fina camada que declina 40% ao ano. É como se fosse uma área maior que a da Holanda desaparecendo a cada ano. Segundo os cientistas, o Mar Ártico vai derreter totalmente até o final do século. Entre 1998 e 2001, portanto, em apenas três anos, o monte glacial Qori Kalis, no Peru, diminuiu cerca de 155 metros por ano – uma taxa três vezes maior que a média observada nos três anos anteriores, num descongelamento 32 vezes mais rápido do que a média de 1963 a 1978. No sudeste do Monte Everest, o Imja, parte glacial do Himalaia localizada no leste do Nepal, vem diminuindo a uma taxa de 10 metros por ano. Segundo o pesquisador Syed Iqbal Hasnain, da Comissão Internacional para a Neve e o Gelo, montes glaciais no Himalaia estão derretendo mais rápido do que em outras partes do mundo e, se a atual taxa continuar, vão desaparecer por volta de 2035. Cerca de 2 bilhões de pessoas dependem desses montes glaciais. Na Patagônia, os campos de gelo perdem 43 quilômetros cúbicos todo ano, o equivalente ao volume de 10 mil estádios de futebol. A revista Nature publicou, neste ano, descobertas de 19 eminentes pesquisadores da área biológica segundo os quais a mudança climática será responsável pela extinção de 18% a 35% de todas as espécies de plantas e animais que vivem na terra. Cerca de 20 mil pessoas morreram na Europa, no ano passado, por causa de uma onda de extremo calor. No Alasca, as temperaturas médias subiram em torno de 5ºC desde 1960. Conforme empresas de seguro como a Munich Re e a Swiss Re, a mudança climática poderá custar anualmente US$ 150 bilhões, num tempo estimado de menos de uma década. Essas empresas advertem que, a menos que sejam adotadas ações hoje, a indústria do seguro irá à falência por causa das extremidades climáticas, especialmente por causa de eventos como temporais violentos e o aumento das secas. O vice-primeiro-ministro da China, Hui Liangyu, recentemente advertiu que seu país está enfrentando uma situação cruel como conseqüência do aumento inexorável das temperaturas e das mudanças do modelo climático. Segundo ele, a China recentemente teve o seu 16º inverno consecutivo quente desde 1985, e mais temperaturas altas estão previstas para os próximos invernos. No ano passado, a combinação de temperaturas extremas e enchentes devastou a agricultura chinesa. Em 2003, os danos atribuídos à mudança climática no país custaram o equivalente a US$ 65 bilhões, incluindo US$ 10 bilhões em perdas na agricultura. O impacto do aquecimento global na agricultura, nos países em desenvolvimento, incluindo a salinização, a necessidade de sistemas de irrigação e a destruição de rios, tem sido muito acentuado. Juntamente com este problema ambiental, agrava-se a incidência de doenças como a malária e a dengue, causadas por insetos que se reproduzem mais facilmente em temperaturas elevadas. Estudos recentes mostram que perto de 300 millhões de pessoas correrão risco de malária, caso a temperatura global suba mais ainda. Ainda na China, um estudo feito por cem cientistas mostra que, na província sulina de Guandong, o nível do mar deve subur 30 centímetros até 2030. Deve-se notar que a costa da China é a base de 70% das maiores cidades daquele país. (Renato Constantino, diretor de campanhas da Greenpeace na China)

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