Para Dilma fontes alternativas têm papel secundário
2004-06-08
Na opinião da ministra Dilma Rousseff, as críticas às hidrelétricas de grande porte escondem uma tática de países desenvolvidos de colocar goela abaixo tecnologias caras, especialmente a solar e a eólica. Dilma defendeu que a geração hidrelétrica continuará sendo a principal fonte de eletricidade da América Latina. No caso do Brasil, a ministra afirmou que as fontes alternativas, como biomassa, eólica e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) terão papel secundário. — A promoção de energia renovável deve ocorrer de acordo com a situação específica de cada país, defendeu a ministra. Nas negociações com os países europeus, Dilma tem apresentado dados que mostram que apenas 24% do potencial hidrelétrico do Brasil foi utilizado, enquanto, nos países da OCDE, esse índice sobe para 70%. Grande parte de nações africanas com recursos hídricos capazes de gerar energia, utilizam cerca de 10%, o que as torna aliadas do Brasil. — Os países em desenvolvimento têm o direito absoluto de desenvolver seu potencial hidrelétrico, enfatizou a ministra.(Valor)