JAPÃO PUBLICA ESTUDO SOBRE QUALIDADE DE VIDA NO AMAZONAS
2001-08-17
Técnicos da Agência de Cooperação Internacional Japonesa (Jica) apresentaram em Manaus a versão final do Estudo para melhoria da Qualidade de Vida das Populações Rurais através da Agricultura, Gestão e Manejo Racionais dos Recursos Naturais do Estado do Amazonas. O Estudo, que custou U$ 2 milhões, levou dois anos para ficar pronto e será usado como base para o desenvolvimento de projetos para a região. O coordenador da Jica para os Estados do Norte, Katsuhiko Haga, diz que o principal objetivo do Estudo é definir ações que melhorem a qualidade de vida do povo da região e ao mesmo tempo protejam o meio ambiente. - A maioria das atividades econômicas está baseada em recursos naturais. Se eles acabam, não se pode mais produzir, resume Haga. O coordenador salienta que o trabalho da Agência não é executor. Ou seja, eles não vão implementar as idéias constantes no Estudo - Nós mostramos o caminho. O mais importante agora é que as entidades locais tomem a iniciativa de colocar em prática os projetos, afirma. Em alguns casos, a Jica pode estender o auxílio aos cursos de capacitação para os profissionais do setor público, completa Haga. O diagnóstico das potencialidades do Estado, realizado por especialistas de vários países do mundo, foi pago pela Jica. A partir de agora, no entanto, os próprios organismos regionais ‚ que terão que buscar financiamento. Para o presidente do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas (Idam), José Melo, dinheiro não será problema. O Idam já repassou este ano R$ 90 milhões para projetos agrícolas e tem R$ 56 milhões em implementos para serem distribuídos. - Em relação ao caixa, garanto que não haverá problema, diz Melo, que cita, além do governo do Estado, organismos internacionais como possíveis financiadores. O essencial, diz ele, é que Amazonas não se furte ao seu destino, que é produzir frutas tropicais. Graviola, cupuaçu, maracujá, camu-camu, açaí, abacaxi, araçá-boi e abacaxi são destacadas por Melo como as principais potencialidades. Ele destaca que o diagnóstico feito pela Jica será importante para o planejamento do governo do Estado pois o trabalho é um espelho das principais dificuldades encontradas pelos produtores da região.