O Movimento pelo Desenvolvimento da Transamazônica e Xingu, o MDTX, está pedindo apoio de ONGs e de toda a sociedade para lutar contra o projeto da Usina Hidrelétrica Belo Monte, em Vitória do Xingu, no Pará. - A mentalidade imediatista dos governantes locais e do Estado está diretamente ligada aos interesse políticos da Eletronorte, empresa que pretende implantar o mega projeto, denuncia a entidade. O movimento faz denúncias sobre a falta de discussão com as populações locais e os fortes impactos que a obra trará à Bacia do Xingu, tanto para as comunidades locais como para o ambiente amazônico. As obras envolverão mudanças no regime hídrico do Xingu e intensificarão do desmatamento de suas matas ciliares e das cabeceiras dos rios represados. Nove nações indígenas também estão ameaçadas pelo empreendimento. O apelo e as críticas estão sendo divulgadas através de uma carta dividida em 54 tópicos, intitulada SOS Xingu - Um chamamento ao bom senso sobre o represamento de rios na Amazônia. O MDTX ainda afirma que o Estudo de Impacto Ambiental limita-se a apenas seis municípios e não serão eficazes para orientar as decisões sobre deslocamentos populacionais. Através da carta de protesto, divulgada em 25 de julho, o MDTX convocou para o mês de setembro uma conferência que vai reunir entidades ambientais para discutir a hidrelétrica. A usina está planejada desde os anos 80 mas a implementação do projeto havia sido suspensa, principalmente pela pressão dos movimentos ambientalistas locais, nacionais e internacionais, quando era chamada de Kararaô. Volta