Terceiro maior comércio ilegal do mundo, com uma receita anual na ordem de US$ 10 bilhões, o tráfico de animais silvestres perde apenas para o mercado de drogas e armas. Somente no Brasil, movimenta US$ 1 bilhão e é responsável pela retirada de milhares de animais de seu habitat natural. Dados de especialistas apontam que 60% do contrabando ocorre nas rodovias do País. Vítimas de agressões, estima-se que apenas um a cada 10 animais traficados consiga chegar vivo ao destino final. Vindos de regiões como Norte e Nordeste, acabam sendo comercializados em feiras livres nos grandes centros, principalmente no eixo Rio-São Paulo, e também exportados para outros países. Grande parte são aves exóticas, macacos como o mico, macaco-aranha, mico-de-cheiro e sagüis, além de répteis – jibóia, serpente e sapos amazônicos. Atenta ao fato de que, na maioria das vezes, os animais são transportados nas carrocerias dos caminhões, a Volvo do Brasil investe há quatro anos em um programa de conscientização para os caminhoneiros, conhecido como Caravana Ecológica. Por meio de apresentações teatrais itinerantes e distribuição de folhetos informativos ao longo das principais rodovias brasileiras, os motoristas são orientados a combater o tráfico e a perceber a gravidade deste ato. Formado por atores da Escola Municipal de Teatro de Londrina, o grupo enfatiza nas peças os problemas gerados pela caça predatória, como a extinção de espécies, o desequilíbrio ecológico e a ação criminosa, que pode resultar em prisão. Até hoje mais de 20 mil caminhoneiros já participaram destas atividades e o objetivo é que se tornem multiplicadores, promovendo a conscientização nas estradas. As apresentações ocorrem em postos de combustível, restaurantes e locais com grande concentração de público. (Imagem Corporativa Assessoria de Imprensa, 04/06)