Para ONG, China foi o destaque positivo
2004-06-07
Foram anunciados poucos novos investimentos. — A União Européia precisa tomar a frente. O continente deveria ter trazido para a conferência um compromisso para produzir pelo menos 20% da sua energia a partir de fontes renováveis, até 2020. Em vez disso, trouxe informações confusas e uma lista de projetos e políticas já existentes, disse Steve Sawyer, coordenador político do Greenpeace. Ainda assim, alguns passos decisivos foram tomados em Bonn, mais notavelmente pela China, cuja liderança dará à revolução renovável um forte impulso. O país pretende gerar até 2010, a partir de fontes renováveis, 60 Gigawatts - número praticamente igual a quase toda a eletricidade que o Brasil produz atualmente. As Filipinas e o Egito anunciaram metas nacionais para as energias renováveis. Espanha e Dinamarca parecem estar seguindo o mesmo caminho. E o apoio político e financeiro da própria Alemanha às fontes limpas continua. O Greenpeace entregou aos conferencistas um enorme bloco de gelo, dentro do qual havia dezenas de cartões postais enviados por cyberativistas de todo o mundo, inclusive o Brasil, pedindo que os países invistam nas fontes limpas. O derretimento do bloco de gelo deverá lembrar os governos sobre o efeito das fontes de energia fósseis sobre o aquecimento global. (Greenpeace, 04/06)