Dilma Roussef diz que AL cumpriu seu dever de apoio às renováveis
2004-06-04
A ministra das Minas e Energia do Brasil, Dilma Roussef, na qualidade de representante de seu país, toda América Latina e o Caribe, afirmou que essa região cumpriu seu dever para o apoio das renováveis, com porcentagens de 15% do consumo, mas que a revolução energética ainda está distante. — Milhões de brasileiros vivem à luz de velas, por falta de energia elétrica, lembrou Roussef, depois de destacar o enorme potencial de recursos naturais da América Latina (AL). Por parte da África, o primeiro-ministro de Niger, Hama Amadou, disse que o desenvolvimento das renováveis é um fator crucial na luta contra uma miséria que condena a África à exclusão, mas que não pode pedir a ninguém que se desenvolva se esse alguém sobrevive com menos de um dólar por dia. Quanto à Ásia, o ministro de Indústria da Tailândia, Prommin Letsuridej, ressaltou a importância de que os recursos naturais descentralizados sejam uma alternativa aos combustíveis fósseis, enquanto o representante governamental da China, Zhang Guobao, destacou os progressos realizados por seu país. — A China conclui sua revolução, com porcentagens de consumo de renováveis de 12%, e confiamos no apoio e na experiência da Europa, e especialmente da Alemanha, para seguir esse caminho, disse Zhang. O gerente do Banco Mundial, Peter Woicke, anunciou que seu organismo duplicará, nos próximos cinco anos e a um ritmo de 20% anual, suas ajudas às renováveis, até atingir os 400 milhões de dólares por ano. — No entanto, o investimento em energia deve ser acompanhada de eficácia e, também, de desejo de melhora política naqueles países onde se investe, disse Woicke, que lembrou que, junto ao desafio energético, está o desafio de manter o equilíbrio econômico. (EFE, 03/06)