Na quarta-feira (02/06) a Secretaria de Obras de Passo Fundo abriu um canal, que permitiu a drenagem de um alagado, em meio a um banhado, na rua Astrogildo de Azevedo. Conforme a Secretaria do Meio Ambiente, o pedido de drenagem do alagado foi proveniente da associação de moradores do loteamento. Conforme os moradores, o local exalava mau cheiro e gerava grande proliferação de mosquitos e ratos. A partir do pedido, a Secretaria do Meio Ambiente foi inspecionar o local e o técnico da secretaria, Luís Paulo Fragomeni, emitiu um laudo afirmando que o alagado foi provocado antropicamente, ou seja, não é natural. O parecer foi de que um bueiro deveria ser aberto na rua, para a eliminação do mesmo. — Foi constatado que o local recebia esgotos na bacia de contribuição acima dele, afirmou Fragomeni. Assim, na manhã de quarta-feira, a secretaria de Obras executou o serviço com autorização da secretaria Municipal do Meio Ambiente.Outros moradores do bairro, no entanto, ficaram descontentes com o fato, afirmando que o local não era poluído e que permitia a criação de peixes, além de apresentar duas vertentes de água. A 5ª Companhia Ambiental, que foi até o local verificar a denúncia, efetuou o Boletim de Ocorrência Ambiental, que foi encaminhado ao Ministério Público. Conforme o major Felisberto, o estudo realizado pela secretaria não foi suficiente para constatar o verdadeiro nível do impacto ambiental que seria causado com a drenagem. — O banhado é uma área de preservação permanente, por isso é possível afirmar que houve dano ambiental, afirma o Major. O promotor Paulo Cirne afirmou que o Ministério Público aguarda a documentação para que seja instalado o inquérito civil e, através da análise do local, provas e laudo técnico, verificar os responsáveis pelos danos ou não cometidos ao meio ambiente. (O Nacional, 03/06)