Europa tem pouco progresso na gestão dos impactos ambientais
2004-06-03
O relatório da Agência Européia do Ambiente, Signals 2004, que reúne em 36 páginas o comportamento dos países da União Européia, ao longo de 2003, em oito setores, aconselha os países a realizarem mais progressos na gestão dos impactos ambientais da agricultura, transportes e energia, e na influência dos consumidores. O relatório, que foi apresentado terca-feira (01/06) em Bruxelas na abertura da Semana Verde, o maior fórum anual sobre política ambiental da UE, analisou o comportamento dos Estados-membros da UE em relação a agricultura, água, natureza, resíduos, energia, transportes, poluição e mudanças climáticas. — As mensagens cruciais no relatório deste ano salientam a necessidade de fazer mais progressos na gestão dos impactos ambientais da agricultura, transportes e energia, e na influência dos comportamentos dos consumidores, comentou Jacqueline McGlade, diretora-executiva da Agência Européia do Ambiente (AEE). Segundo o documento, muito da biodiversidade européia depende de certas formas de agricultura. Contudo, em 2003, os sítios designados pelos Estados-membros no âmbito das Diretivas Aves e Habitats cobriam menos de um terço das áreas agrícolas com grande valor natural. A AEE alerta para os impactos ambientais negativos, em especial para a perda de biodiversidade, o abandono das terras aráveis e da passagem para uma agricultura mais intensiva. Entre 30% e 40% do financiamento para o desenvolvimento rural foram usados para sistemas agro-ambientais, mas os níveis de utilização dependeram de país para país. Entre 2000 e 2002, Espanha e Grécia gastaram uma média de quatro euros por hectare nestes sistemas, enquanto que na Finlândia e na Áustria esse valor era de 80 euros.(Agência Lusa)