Ecovilas estão se tornando comuns nos Estados Unidos
2004-06-02
O condado de Loundon, em área próxima da Maryland, nos Estados Unidos, um conjunto de residências se configura de forma diferente. Lá as pessoas vivem numa espécie de ecovila ou ecocomunidade, em meio a plantações de hortaliças e pomares, todos cultivados de forma orgânica. A cerca que separa a plantação das casas é feita de madeira reciclada, os pisos das casas também são de madeira e, nos banheiros, está escrito: descarga lenta, mas uma descarga, dando a entender a necessidade de economia de água. Os habitantes da Ecovila têm uma característica comum: eles mostram um grande respeito e amor pelo meio ambiente e um elevado senso de comunidade. As regras de boa convivência parecem ter sido internalizadas. — É importante para nós cultivarmos o ser no sentido mais amplo, diz Grady O Rear, 53 anos, morador da Ecovila. — De outra forma, como podemos ser autoconscientes e conscientes de outras pessoas e como podemos ser mais conscientes do ambiente?, pergunta-se. Localizada nas redondezas de Lovettsville, a Ecovila está entre as primeiras do seu gênero a abrigar comunidades em co-habitação. Em Maryland e Virgínia do Norte, pelo menos outras quatro dessas comunidades estão operando e mais outras três estão sendo planejadas. Mas o início delas é difícil. A de Lovettsville começou com apenas oito integrantes e terá, no máximo, 50. Um aspecto importante da convivência é que os integrantes das modernas ecovilas não assumem a si mesmos como hippies, mas fazem questão de deixar claro que têm vidas privadas e famílias comuns, como quaisquer outras pessoas. Do ponto de vista ambiental, eles não usam herbicidas e outros pesticidas e organizam o uso da iluminação pública de forma a evitar a poluição visual. A extensão de plantio é de 180 acres e 70% a 75% do total são destinados a áreas naturais. (Washington Post)