Conchas cobrem areia do Cassino
2004-06-01
Um fenômeno natural está colorindo as areias do Cassino, em Rio Grande. Centenas de conchas, de tamanhos e espécies diferentes, formam um mosaico na orla. Os moluscos - espalhados em faixas de areia com 200 a 300 metros de largura, ao sul dos molhes da Barra - apareceram após a ressaca decorrente da passagem do ciclone extratropical pelo litoral gaúcho, na semana passada. De acordo com o oceanólogo Kleber Krübel da Silva, do Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema), o balneário do Litoral Sul é um dos poucos lugares no país e no mundo onde ocorre o fenômeno. É conseqüência das características da região, que propiciam alta produtividade de peixes, moluscos e crustáceos, e que costuma ser atingida freqüentemente pela passagem de frentes frias. - As conchas são carapaças de moluscos já mortos que ficam depositadas em uma área entre 20 e 40 metros de profundidade. As ressacas as jogam na praia - explica Silva. Com a energia de ondas, as carapaças tendem a se desintegrar e voltar ao mar em forma de carbonato de cálcio. No futuro, servirão para a formação de novos moluscos. Por isso, os especialistas aconselham que não sejam retiradas da praia, no intuito de não prejudicar o ciclo bioquímico desses animais. - O melhor é somente observá-las. Se alguém resolver levar alguma lembrança, que o faça em pequenas quantidades - acrescenta o oceanólogo. (ZH/ 37)
Museu da Furg recebe animais
O Centro de Recuperação de Animais Marinhos do Museu Oceanográfico da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (Furg) recebeu segunda-feira (31/05) quatro animais recolhidos no Litoral Sul. Duas aves - um albatroz e um petrel - cobertas de óleo serão despetrolizadas e tratadas para ganhar peso. Uma tartaruga está sendo hidratada. O mais doente é um lobo-marinho, resgatado entre Rio Grande e Chuí. O tratamento deve durar 15 dias. Depois, todos serão devolvidos ao mar. (ZH/39)