Um ciclone matou cerca de cem pessoas no Mianmar e deixou um rastro de destruição no Estado de Rakhine, região noroeste do país, há dez dias, informou no sábado a imprensa estatal. Porém, autoridades temem que o número de vítimas seja ainda maior. As informações foram divulgadas um dia depois de o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) dizer em um comunicado que pelo menos 140 pessoas morreram no país, enquanto outras 18 mil ficaram desabrigadas. O ciclone, que provocou maré alta e enchentes em quatro cidades perto da fronteira com Bangladesh, foi o pior a atingir a região desde 1968, afirmou o Unicef, em comunicado divulgado em Genebra. Fontes oficiais em Rakhine disseram à Reuters que o número de mortos pode ser, na verdade, três ou quatro vezes superior à estimativa do Unicef. — Havia cerca de cem barcos de pesca no mar antes da tempestade. Temos certeza de que as pessoas nesses barcos foram mortas na tempestade, disse uma das fontes. — A cidade mais atingida foi Myaybon. Algumas ilhas foram completamente inundadas. Você pode imaginar o destino dessas pessoas. De acordo com os jornais do Mianmar, o ciclone atingiu quatro cidade em Rakhine, danificando cerca de 2.350 casas. O ciclone também danificou ou destruiu escolas, linhas elétricas e de telefone, e matou muitas criações de animais. As áreas atingidas sofrem desabastecimento de alimentos e água potável. Autoridades do Mianmar (antiga Birmânia), pediram a funcionários da ONU em Yangon que enviassem 200 toneladas de alimentos, material para abrigos temporários, medicamentos e roupas, informou em comunicado o Escritório de Coordenação de Assistência Humanitária da ONU.(Reuters)