Estudo alerta para poluição no Ibirapuera (SP)
2004-05-31
Cartão-postal da cidade e parque mais visitado pelo paulistano, o Ibirapuera (zona sul de SP) está longe de ser um oásis de qualidade do ar. Além de liderar as ultrapassagens do limite de poluição por ozônio (O3), o local sofre os efeitos das concentrações de partículas inaláveis (MP10) e óxidos de enxofre (SOx). Mesmo quando não excedem os padrões, os dois poluentes representam um risco potencial à saúde dos usuários. É esse o alerta feito pela pesquisa de mestrado da bióloga sanitarista Maria Izildinha Ferreira, defendida em abril passado na Faculdade de Saúde Pública da USP. Relacionando as medições de poluição feitas pela Cetesb (agência ambiental paulista) dentro do parque com as taxas de mutações da planta Tradescantia, ela concluiu que, nos dias em que há maior quantidade de partículas inaláveis no ar do Ibirapuera, a incidência de mutações acima do nível considerado normal é de 69%. No caso dos óxidos de enxofre, atinge 67%. Embora seja impossível fazer uma correlação direta com o ser humano, as alterações dão uma idéia dos perigos a que as pessoas podem estar expostas por causa dos poluentes. Elas apontam para um problema cujos efeitos variam segundo critérios como tempo e época da exposição e condições prévias de saúde de cada um.
(FSP/ 29/05)