Convencao nao é suficiente para combater POPs, dizem experts
2004-05-27
Os esquimós celebraram nesta semana com um banquete à base de carnes de focas e baleias a entrada em vigor da Convenção de Estocolmo, acordada em maio de 2001 e em vigor desde o último dia 17 de maio, após a ratificação definitiva feita por 50 países. A comemoração dos esquimós tem uma razão: é o povo que habita as tundras, do norte do Canadá, Alasca e Groenlândia, atualmente, um dos mais afetados pelos chamados compostos sujos, que chegam ao seu entorno arrastados por correntes de ar. A decisão das Nações Unidas supõem a proibição de 12 substâncias, entre elas pesticidas, dioxinas e bifenis policlorados (PCBs), acusados de provocar câncer, defeitos congênitos e numerosas enfermidades em seres humanos. Somente 25 países em todo o mundo, entre eles África do Sul e Etiópia, poderão seguir usando algumas dessas substâncias para fabricar produtos contra o mosquito causador da malária. Apesar da alegria dos esquimós, muitos pensam que a lista dos poluentes orgânicos persistentes proibidos, como são chamados, é muito curta. — Alguns dos pesticidas clássicos estão completamente em desuso em muitas partes do mundo, explica Lars-Otto Reiersen, diretor de uma organização em defesa do meio ambiente ártico, a Acrtic Monitoring and Assessment Program. — O que mais nos preocupa, sem dúvida, é o significativo aumento de muitas novas substâncias, acrescentou. (El Mundo)