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2004-05-27
O Rio Grande do Sul trabalha para se tornar auto-suficiente em produção de energia no prazo de quatro anos. Segundo a Secretaria de Energia, Minas e Comunicações, hoje o Estado importa de 35% a 40% da energia que consome - média de 2,7 mil megawatts (MW). O objetivo é dobrar a capacidade instalada de geração elétrica - hoje ao redor de quatro mil MW - até 2010. Para isso será necessário investir R$ 15 bilhões. O secretário Valdir Andres prevê que dentro de seis anos o Estado possa tornar-se exportador de energia. Para atingir esse objetivo a secretaria aposta em projetos de usinas hidrelétricas e termelétricas. A previsão é de concluir a instalação de sete usinas hidrelétricas até o final de 2009, com potência de 2.264 MW e investimento total de R$ 4,18 bilhões. A Secretaria de Energia está investindo na instalação de fontes alternativas de produção - eólica, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCH’s). Hoje apenas 1,3% da energia consumida no Rio Grande do Sul vem de fontes alternativas. A meta é que esta participação aumente para 9,6% daqui a quatro anos. O secretário afirma que o Estado vive uma situação tranqüila em matéria de abastecimento energético. - Não corremos risco de sofrer um apagão até o verão de 2008 -, diz Andres. A menor dependência do Estado na produção de energia hídrica - sujeita a problemas de estiagem - é um fator que reforça a confiança do secretário. Hoje, 63,7% da capacidade instalada de gerar energia no Rio Grande do Sul é oriunda de usinas hidrelétricas. Em 2008 este número deve cair para 49,5%. No Brasil a geração hídrica é superior a 90%. A capacidade instalada de produção elétrica no Estado também é composta por carvão mineral (13,6% hoje e previsão de 24,2% em 2008), gás natural (19,1% hoje e 15,3% em 2008) e óleo (2,3% hoje e 1,3% em 2008). Até o final do ano o Rio Grande do Sul vai receber um incremento de 200 megawatts (MW) na sua capacidade de geração de energia. Este aumento representa 5% da capacidade total instalada do Estado hoje, de 3.970 MW, vindas de usinas hidrelétricas, termelétricas a óleo combustível, a gás natural e a carvão mineral, e de fontes alternativas. (Jornal O Informativo, 26/05)

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