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2004-05-26
O declínio global das populações de tartarugas marinhas está colocando em risco o turismo e, por conseqüência, as economias de regiões costeiras de países em desenvolvimento. O alerta é do grupo ambientalista WWF (Fundo Mundial para a Natureza), que comparou o rendimento gerado pela morte das tartarugas e coleta de seus ovos com os benefícios econômicos trazidos pelo turismo em 28 regiões da África, Ásia, América Latina e Caribe. — As tartarugas marinhas são mais valiosas vivas do que mortas, avalia Carlos Drews, coordenador do WWF para a conservação da tartaruga marinha na América Latina e no Caribe. — Investidores, políticos e líderes comunitários deveriam começar a ver a tartaruga marinha como um bem valioso, gerador de renda e de empregos, acrescentou. O turismo em razão das tartarugas se tornou incrivelmente popular desde o começo da década de 1980. De acordo com o WWF, 175 mil pessoas realizam este tipo de turismo a cada ano, tendo como destino mais de 90 regiões de 40 países. Somente o Parque Nacional da Tartaruga, um dos melhores exemplos para a conservação da tartaruga marinha, localizado na Costa Rica, atrai US$ 6,7 milhões anualmente. Segundo o WWF, as populações destes animais estão diminuindo em razão do uso do animal como alimento, da captura acidental por redes de pesca e do surgimento de empreendimentos turísticos sem planejamento em praias que servem de depósitos de ovos. Seis das sete espécies de tartarugas marinhas estão ameaçadas ou em sério risco de extinção, de acordo com a ONG ambientalista. — Além dos benefícios às próprias espécies, o investimento na conservação [de tartarugas marinhas] também é um investimento em pessoas e em seus sustentos, disse Susan Lieberman, diretora do programa global de espécies do WWF. — O declínio contínuo de tartarugas marinhas terá sérias conseqüências econômicas, concluiu.(Folha / Associated Press)

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