A Aracruz pretende investir cerca de R$ 80 a R$ 100 milhões na unidade Guaíba
2004-05-26
O diretor-presidente da Aracruz Celulose, Carlos Aguiar, participou na quarta-feira, 19/05, do programa Tá na Mesa da Federasul. Aguiar, que preside a Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (ABRAF), abordou a realidade florestal do Brasil e destacou os projetos da empresa no Rio Grande do Sul. Segundo ele, o setor de celulose é competitivo e não tem precisado de grandes subsídios do governo. AAracruz pretende investir cerca de R$ 80 a R$ 100 milhões na unidade Guaíba. A meta é aumentar de 25 a 30 mil toneladas. A Aracruz descarta duplicação da unidade, no momento, alegando a falta de florestas. A prioridade no momento é formar a base florestal. “Não há madeira suficiente para construir uma fábrica nova agora”, disse. Embora a mecanização na área florestal, o setor tem mais de 2 milhões de empregos. Aguiar criticou a falta de uma política florestal no Brasil. Uma das preocupação é o chamado “ apagão florestal”. Alguns setores, como dos móveis e do carvão vegetal, vêm enfrentando problemas pela falta de madeira. Criticou a legislação que é restritiva, dificultando quem pretende plantar ou cortar florestas. Aguiar elogiou o projeto do Governo do Estado que visa fomentar a área florestal da Metade Sul do Estado e confirmou o interesse da Aracruz em fazer novos investimentos no Brasil. “Vamos ver o Estado”, disse. Elogiou a legislação ambiental do RS que é bem mais simplificada do que outros Estados. Aguiar destacou que um dos mercados em expansão é a Ásia, para onde é exportada a maioria da Celulose fabricada na Unidade Guaíba. A China é um dos maiores consumidores de papel, com 48 milhões de toneladas, enquanto que o Brasil consume 8 milhões. (Folha Guaibense, 25/05)