Reciclagem sustenta moradores de Passo Fundo
2004-05-25
A integrante da Associação dos Recicladores da Vida (Arave), de Passo Fundo, Terezinha Santos da Silva vive e sustenta a casa, exclusivamente da coleta, separação e venda de materiais que consegue juntar nas lixeiras da cidade. Ela e mais sete pessoas também recebem algumas doações de materiais recicláveis de empresas e condomínios. A Arave compra resíduos de outros catadores. Segundo Terezinha desde 1999, no mínimo, já há papeleiros trabalhando de forma unida nas vilas. - Em torno de 70% dos moradores da Entre Rios sobrevivem do lixo - desataca. Além da Arav, na Entre Rios, são mais três grupos. Atualmente a associação vende as coletas para atravessadores, com isso reduzindo o lucro. O plástico e as garrafas pet, são vendidas a R$ 0,30 o quilo. Papelão, jornal e caixas tetra parck a R$ 0,20 e o papel branco a R$ 0,35. Com a ajuda do Centro de Tecnologias Alternativas Populares (Cetap), a Arav conseguiu um financiamento para a aquisição de uma prensa. O custo da máquina chega a R$ 10 mil. - Com esse equipamento poderemos prensar nosso produto e vender direto para a indústria, ganhando mais que o dobro do valor que recebemos atualmente - comemora Tere. Ela diz ainda que um pavilhão de alvenaria, que serviria como centro de triagem, está pronto há mais de seis meses na própria comunidade. - Não sei porque não está sendo utilizado pelos papeleiros- frisa. (Diário da Manhã, 24/05)