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2004-05-18
O novo relatório divulgado ontem (17/05) em Roma pela Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), chamado O Estado da Alimentação e da Agricultura, é o último em uma série de documentos especiais publicados anualmente pela ONU, desde 1947, e o primeiro a ir a fundo na questão da biotecnologia. O documento abriu uma controvérsia ao analisar detalhadamente o problema dos OGMs face à fome no mundo. Rejeita explicitamente as posições extremistas sustentadas por muitos grupos de ambientalistas e grupos de direitos civis que têm clamado pelo banimento das culturas geneticamente alteradas, tanto de plantas quanto de animais. Muitos desses grupos opõem-se em princípio à biotecnologia, especialmente pela deliberada transferência de genes de uma espécie para outra. — Até onde se sabe, nos países onde as culturas transgênicas cresceram, não foram verificados relatos de que causem qualquer dano significativo ao meio ambiente ou à saúde, diz o relatório. — Ao contrário, alguns benefícios ambientais e sociais emergiram nesses locais, acrescenta. O relatório cita exemplos da redução drástica do uso de pesticidas químicos nas culturas geneticamete modificadas, especialmente nas de algodão, e o crescimento da renda dos pequenos agricultores dedicados a essas culturas, na China e na África do Sul, e que abraçaram a nova tecnologia. Ao mesmo tempo, o relatório adverte sobre a necessidade de não se desprezarem potenciais riscos das culturas geneticamente modificadas. — Ao mesmo tempo em que há um amplo consenso científico de que as correntes biotecnologias são seguras para a alimentação, há pouco consenso acerca dos efeitos ambientais de longo prazo que elas possam trazer, afirma o documento.(Washington Post)

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