A multinacional Repsol YPF denunciou na noite dessa quarta-feira (12/05) à polícia o ataque com artefatos incendiários contra sua sede da capital argentina durante uma concentração de protesto que originou a evacuação de 800 empregados. Os piqueteiros do grupo Movimento Teresa Rodríguez, que agruparam na quarta-feira em frente à sede da companhia cerca de 1.000 desocupados, tentaram quebrar as grades que protegem o edifício. Segundo o jornal La Nación dois manifestantes permaneciam ontem à noite detidos em uma delegacia. Em um dia de protestos os incidentes mais graves aconteceram diante da sede da Repsol YPF, no cruzamento da Diagonal Norte com a Esmeralda, na capital argentina. Os concentrados denunciaram a extorsão da empresa petroleira ao Governo argentino e atearam fogo em pneus em frente à sede principal da companhia presidida por Alfonso Cortina. Entre os concentrados foi distribuído um texto dirigido ao presidente argentino, Nestor Kirchner, no qual lembram que o governante denunciou que as petroleiras o estavam extorquindo. — No entanto -acrescenta a carta- ontem assinou acordos com elas e lhes outorgou os aumentos que exigiam, carregando os custos sobre nossas costas. Depois do protesto, os manifestantes se dirigiram para a Casa Rosada, sede da Presidência. Nessa quarta-feira, agrupamentos de desempregados bloquearam 200 pontos em estradas e ruas em todo o país, enquanto o governo, a oposição e a Justiça buscam alternativas para frear o protesto. (EFE)