O novo filme de Roland Emmerich, O Dia Depois do Amanhã, uma produção de US$ 125 milhões que estréia mundialmente no próximo dia 28, está conseguindo agitar não apenas o set artístico, mas os bastidores políticos que volta e meia alfinetam as diretrizes ambientais do governo do presidente George W. Bush. Procuradores da área ambiental ligados ao governo afirmam que o lançamento do filme está sendo usado para abrir uma frente de críticas ao presidente norte-americano, a cujas políticas ambientais muitos se opõem. Grupos de lobistas no Congresso norte-americanos já estão alvoroçados para evitar que o filme não provoque uma onda de ações que resulte na limitação as emissões de dióxido de carbono, que os cientistas acreditam ser a causa mais importante do aquecimento global. Mas o ataque mais forte veio do ex-vice-presidente, Al Gore. Em uma conferência de imprensa por telefone, ontem (11/05), ele comparou as premissas de exagero presentes no filme com a abordagem do presidente Bush a respeito do aquecimento global. — Há dois sets de ficação. Um é o do filme, o outro é a maneira como a administração Bush apresenta o aquecimento global, disse. Gore acusou a Casa Branca de tentar convencer as pessoas de que não há problema real, dado o grau de incerteza dos cientistas sobre a questão. (NY Times)