A nova empresa de energia anunciada ontem pelo presidente da Argentina, Néstor Kirchner, e pelo ministro do Planejamento, Julio De Vido, terá como principal função assegurar a disponibilidade de gás e eletricidade a preços compatíveis com o nível econômico da população argentina, além de repor as reservas energéticas nacionais e o suprimento de gás com a infra-estrutura necessária ao transporte de insumos energéticos (gás e eletricidade). A composição acionária da Enarsa será 53% de ações governamentais, não transferíveis, 12% de ações nas mãos de províncias argentinas e 35% a serem ofertados ao setor privado. A estatal vai se associar a empresas privadas a fim de explorar diferentes tipos de combustíveis. Diversas empresas privadas já anunciaram que irão trabalhar lado a lado com o governo argentino para contornar o problema da crise energética. A Petrobras, por exemplo, prometeu dobrar a sua capacidade de transporte de gás, através de dutos que se estendem por 3,3 mil quilômetros, de Ushuaia, na Terra do Fogo, até Buenos Aires. Isto significará um acréscimo de 2,8 milhões de metros cúbicos em 2005 e outros 8 milhões de metros cúbicos em 2006. (Mercopress)