A Federação da Agricultura do Paraná (Faep) disse ontem que o comportamento do governo estadual, contrário à movimentação de soja transgênica no porto de Paranaguá, incentiva protestos como o do grupo ambientalista Greenpeace, que no fim de semana impediu o embarque de 10 mil toneladas do produto no navio Global Wind, que vinha da Argentina carregando 30 mil toneladas de soja transgênica. Carlos Albuquerque, assessor da Faep, diz que os prejudicados pela atitude do governo do Estado são os próprios produtores paranaenses. Mariana Paoli, da campanha de engenharia genética do Greenpeace, disse que organização está avaliando o que fará caso o navio tente atracar novamente. Segundo ela, o intuito do protesto é que o governo federal proíba operações de top off em Paranaguá e que faça controle das cargas transgênicas em outros portos. Paoli afirmou que o Greenpeace não recebeu apoio do governo paranaense em seus protestos. O que existe, segundo ela, são objetivos que coincidem. (O Valor Econômico on line, 11/05)