A disposição política do ministro das Cidades, Olívio Dutra, de investir em 2004 um total de R$4,6 bilhões em Saneamento, conforme anunciou , no início de janeiro , deve cair na malha fina do Fundo Monetário Internacional (FMI). De uma demanda de extratos R$ 4,925 bilhões, já identificada através de cartas-consultas ao Ministério para projetos de água, esgoto, resíduos sólidos e desenvolvimento institucional (recuperação de perdas e melhoria operacional), pode ser que o Governo Federal só consiga garantir, no máximo, 2 bilhões, devido às amarras impostas pelos termos do novo contrato firmado com o FMI, que limitaram esses recursos a R$2,9 bilhões este ano, incluindo todos os recursos onerosos do setor, exceto o Orçamento Geral da União (OGU). Os recursos do BNDES também estão incluídos nos limites estabelecidos pelo Banco Central. O indicativo de recursos para saneamento no orçamento que o BNDES seria de R$1,6 bilhão. E, pela primeira vez, o banco vai destinar recursos ao setor de saneamento público. A idéia do Ministério das Cidades é hierarquizar as necessidades de recursos dentro de todos os orçamentos para atender à demanda de R$ 4,9 bilhões identificada no setor. (Revista Bio/Janeiro/Março/14)