De um modo geral, a maioria das cidades mexicanas enfrenta problemas com a oferta de água. A administração de Puebla, por exemplo, está lidando com a questão dos elevados níveis de cádmio nos estoques de água, ao mesmo tempo em que todo o Estado de Guanajuato, de onde se originou o presidente do país, Vicente Fox, está enfrentando o desaparecimento dos aqüíferos. O mais grave, de acordo com o professor do Colégio de Pós-graduação do México em Chapingo, Tomas Martinez Saldana, é a falta e investimentos no sistema de abastecimento de água, que já dura décadas no México. –Ninguém quis investir em água, e agora o México está pagando o preço. De um país cuja água era relativamente limpa e abundante, há 40 anos, estamos agora numa situação em que virtualmente toda cidade com mais de 100 mil habitantes tem um problema com a sua água servida, concluiu. A água dos 97 aqüíferos que abastecem a metade do México está sendo descrita pelos pesquisadores como em declínio. Além disto, a distribuição de água é muito ineficiente ao longo do país, com 40% dele deteriorado por causa de problemas nos dutos e bombas. Cerca de um sexto da população mexicana não conta com serviços públicos de abastecimento de água. (Los Angeles Times)