O ministro do Meio Ambiente de Portugal, Amílcar Theias, presidiu, na tarde de sexta-feira (07/05), a cerimônia de lançamento dos trabalhos que darão início à despoluição da Barrinha de Esmoriz e disse querer quebrar o entrave de uma obra há anos reclamada pelas populações. Theias enumerou alguns dos principais problemas da Barrinha de Esmoriz, entre eles o ordenamento inadequado e outros resultantes da dinâmica costeira, que implicam uma luta perpétua com o mar. O presidente do conselho de administração da SIMRia – empresa que vai montar e explorar o sistema de tratamento dos efluentes que fazem a descarga na Barrinha –, Santos Silva explicou como vai funcionar o projeto, orçado em 23 milhões euros e que vai abranger uma população equivalente a 180 mil habitantes. O objetivo é interceptar e tratar as águas residuais industriais e domésticas, em vez de lançá-las no mar. Para isso, vão funcionar 28 quilômetros de interceptores, que conduzirão o efluente à estação de tratamento de Espinho e depois irão lançá-lo no mar, já tratado, através do emissário, que já está operando. A Barrinha de Esmoriz, no limite dos municípios de Espinho e Ovar, é uma laguna de 396 hectares que foi integrada à Rede Natura 2000 por resolução do Conselho de Ministros de 5 de julho de 2000. Ela está classificada como prioritária na Diretiva Habitat da União Européia. (Ecosfera)