O Brasil e a Argentina retomaram oficialmente ontem o projeto de construção da Usina Hidrelétrica Binacional de Garabi – que poderá ser dividido em duas usinas- no município de Garruchos, noroeste do Rio Grande do Sul, na fronteira dos dois países. A Usina de Garabi terá capacidade para gerar 1,8 mil megawatts (MW) de energia e totalizará um investimento de 2 bilhões de dólares, a ser entregue pelos governos do Brasil e da Argentina, em regime de concessão, à iniciativa privada. Ainda está em estudo a possibilidade de construir um pólo de desenvolvimento binacional. O objetivo é atrair empresas para desenvolver a região da fronteira entre o RS e a Argentina. A previsão do coordenador técnico do projeto, Newton Brunelli, é de que a usina, entre o RS e as províncias de Missiones e Corrientes, esteja funcionando a partir de 2009. Conforme Andres, com a Usina de Garabi, o Estado passará de importador a exportador de energia. O projeto inicial prevê a construção de uma barragem em Garruchos, mas há possibilidade de construir mais uma, em Rincão Vermelho, próximo a Porto Xavier. O governo estuda a medida como forma de amenizar o impacto ecológico, passando de 80 mil para 24 mil o número de hectares para viabilizar a obra, com redução de cerca de 70% a área de alague. (CP/14, JC/7)