VELHOS REATORES PREOCUPAM A NOVA EUROPA
2004-05-03
O Tratado de Energia Atômica da Europa (Euratom) nasceu em 1957, quando o status da energia nuclear para o futuro era inquestionável. Ao longo dos anos, atraiu para si mais de 55 bilhões de euros em fundos de pesquisa, aplicados na construção ou melhoria de plantas nucleares. Como resultado, a União Européia tem hoje o maior gerador de energia nuclear do mundo. Existem 156 reatores na UE, que produzem 32% da eletricidade da comunidade, uma proporção maior do que a produzida pela América do Norte, Japão ou Rússia. Mas a maioria desses reatores operando na Europa tem cerca de 22 anos. E, desde o acidente de Chernobyl, na Ucrânia, há 18 anos, muitos países têm perdido o entusiasmo por esta tecnologia. Apenas a França e a Finlândia estão sendo contempladas com novos reatores, enquanto a Alemanha, Suécia, Bélgica e Espanha planejam fechar os seus. A Itália já parou de usar energia nuclear. –Isto fez com que o Euratom passasse a ser um fóssil político, diz Benjamin Görlach, do Instituto Internacional e Europeu de Política Ambiental de Berlim. (Newscientist)