A Monsanto tem condições de colocar no mercado brasileiro, em apenas dois anos de produção, 120 mil sacas de sementes de milho transgênico. Isso, no entanto, depende do governo brasileiro liberar o cultivo no país. Segundo o melhorista da unidade de pesquisa e produção de sementes da Monsanto, em Uberlândia (MG), Marcelo Silveira, apesar de incipiente, a pesquisa sobre a tolerância a herbicida e qualidade do grão já está em andamento nos centros de Santa Cruz das Palmeiras (SP) e Santa Helena de Goiás (GO). As experiências são autorizadas pelo Ministério da Agricultura e CTNBio. Conforme o pesquisador, atualmente, a conversão de linhagens está sendo feita pela empresa no Havaí. O complexo de Uberlândia, o maior de pesquisa e processamento de sementes de milho e sorgo da Monsanto na América Latina, já possui, inclusive, instalações para desenvolver os experimentos. Conforme o gerente do centro, Edson Marcos Gonçalves, metade dos 3 milhões de dólares aplicados anualmente pela Monsanto em pesquisa de milho e sorgo no país vão para Uberlândia. Atualmente, a empresa participa de 37% do mercado brasileiro do grão, com as marcas Agroceres e Dekalb. A produção anual de híbridos soma 3,5 milhões de sacas. (CP, 02/05, JC/2ºcaderno/5)