ENTIDADE CONTESTA EMPOBRECIMENTO DO SOLO PELA CULTURA DO FUMO
2004-05-03
Uma das questões questionadas, no entanto, em relação à produção do fumo, é quanto ao empobrecimento da terra pelo uso de agrotóxicos. O biólogo e assessor técnico do projeto, José Leon, afirma — Podemos afirmar e comprovar que o tabaco é a cultura agrícola comercial que menos agrotóxicos usa no Brasil, utilizando somente produtos com registro para a cultura, tanto no Brasil quanto nos países que adquirem nossa produção (mais de 70% é exportado). Em relação à presença de resíduos químicos, Leon completa —O fumo brasileiro é considerado o mais limpo do mundo e é pioneiro na eliminação do uso do Brometo de Metila. Portanto, na fumicultura sul-brasileira, não mais são usados esterilizantes de solo. Outra questão colocada em pauta é a poluição tabágica. O biólogo, então, afirma que devam haver restrições ao tabagismo em ambientes internos. —Acreditamos que o bom senso deva prevalecer, tanto por parte dos fumantes quanto dos não-fumantes, para uma convivência harmoniosa, completa. Quanto à redução da cobertura vegetal, Leon revida — Podemos afirmar que a cobertura vegetal nas propriedades dos fumicultores é, em média, superior a média da região e, para isso, contribuíram as constantes campanhas desenvolvidas pela entidade, inclusive em parceria com o IBAMA. A madeira utilizada nas estufas de fumo, explica, é oriunda de florestas plantadas, principalmente o Eucalipto. —Sabemos que existem casos de corte extrativista da mata nativa e somos publicamente contrários à esta prática. Somos pelo respeito às leis e acreditamos que a educação é o melhor caminho para sensibilizar os produtores que ainda se utilizam da prática extrativista, por isso mantemos já há 16 anos o Projeto Verde é Vida, finaliza.