O embaixador da Espanha na Grécia, Eduardo Junco Bonet, comunicou ao governo de Atenas que o capitão do petroleiro Prestige, Apostolos Mangouras, que está em liberdade condicional em Barcelona, poderá apresentar-se à Comissaria de Polícia dessa cidade apenas uma vez por semana, ao invés de todos os dias. O anúncio foi feito por Junco durante uma visita de protocolo à nova presidenta do parlamento grego, Ana Psaruda Benaki, que assumiu seu posto após a vitória dos conservadores nas eleições legislativas de 7 de março último. Mangouras foi detido em novembro de 2002, após o desastre ecológico provocado pelo naufrágio do Prestige na costa da Galícia. Tanto o parlamento europeu quanto associações internacionais de capitães da Marinha Mercante expressaram-se a favor da liberação do capitão. A Eurocâmara pediu, na semana passada, ao governo espanhol, que flexibilizasse as condições de detenção domiciliar do capitão, mas também que permitisse a ele regressar a seu país até o começo do julgamento. Na Grécia, foi criado um comitê em favor da liberação de Mangouras, encabeçado pelo ministro da Marinha Mercante grego, Yorgos Anomeritis. Mangouras foi preso em La Coruña em 17 de novembro de 2002, acusado de desobediência civil por não acatar as ordens das autoridades marítimas espanholas, que exigiram que ele facilitasse o reboque do barco quando se encontrava ancorado em frente às costas da Muxía. Ele permaneceu 83 dias na prisão e saiu depois de uma fiança de US$ 3,2 milhões. O capitão poderá pegar nove anos de prisão, se for considerado culpado. (El Mundo)