O I° Congresso Interamericano de Saúde Ambiental iniciado ontem na capital, teve em seu primeiro dia, palestras diversificadas. A primeira mesa-redonda contou com a presença de quatro palestrantes: Volney de Magalhães Câmara, da UFRJ, abordando os resíduos e o setor saúde; Margaret Weidenbach, da UNI Genebra, falando sobre os efeitos da poluição atmosférica na saúde urbana; Eduardo de Mello Capitani, da UNICAMP, proferindo sobre a exposição a poeiras inorgânicas e Paulo Teixeira, da OPAS/OMS, sobre exposição a poeiras orgânicas. O professor da UFPR e gerente nacional de segurança, meio ambiente e saúde da PETROBRAS, Dr. João Carlos do Amaral Lozovey, deu início ao evento citando o impacto das atividades antrópicas nas alterações do meio e chamou atenção para as mudanças decorridas dos novos conceitos introduzidos pela Engenharia Ambiental e pela Medicina Social. O diretor do programa de Aids da organização Mundial da Saúde (OMS) e da organização Pan-Americana da Saúde (OPA), Paulo Teixeira, citou os efeitos da exposição às poeiras orgânicas na saúde e na fauna, exemplificando com o caso dos corais do Caribe, afetados pelos fungos provenientes do transporte de poeira entre continentes, resultado de alterações climáticas. Já o especialista em medicina do trabalho pela UNICAMP, Eduardo Mello De Capitani, ateve-se ao absteto, fibra mineral natural extraída de rochas amiantíferas, responsáveis pela asbestose, doença pulmonar sem tratamento. Margaret Weidenbach afirmou que o controle a longo prazo dos efeitos sobre a saúde depende da vontade política, assim como dos recursos humanos e financeiros.